Voyeur


by O Disciplinador <Chineladas@bol.com.br>

Sou arquiteto, tenho 30 anos, e meu sócio, Alberto, 28. Nós somos amigos desde a infância, crescemos no mesmo bairro, mesma escola, vivíamos um na casa do outro. Sempre fomos confidentes das coisas mais íntimas e contávamos tudo um ao outro, quer dizer, até o mês passado eu achava que era tudo... Nosso escritório fica estrategicamente no centro da cidade, o nosso círculo de amigos é grande e quase toda _s_e_x_ta feira fazemos festa. Quando nos excedemos na bebida, para não termos que dirigir até em casa, vamos de táxi para o escritório, onde temos acomodações para passar a noite. E foi o que aconteceu há três semanas atrás. Saímos da festa às duas da manhã, embriagados, e fomos direto para o refúgio, tivemos que caminhar abraçados para não perdermos o equilíbrio. Entrei no escritório já tirando a roupa, indo direto para o chuveiro. Como é um prédio comercial e no centro, àquela hora está completamente vazio e os dois bêbados podiam conversar muito forte, como os bêbados falam, sem que incomodássemos ninguém. Eu, debaixo daquela água reconfortante, e o Alberto sentado na tampa do vaso, conversávamos animadamente e começamos a lembrar das nossas festas desde a adolescência. Lembra daquela? E daquela outra na casa da Marcinha? Demos boas risadas. Alberto levantou-se de repente e ficou me olhando sério. Perguntei-lhe o que era e ele disse que não era nada, só estava lembrando de uma coisa. Comecei a insistir, joguei água nele e disse que queria saber. Como o álcool destrava as línguas, ele começou a dizer:

Maurício, a gente é amigo desde menino, mas tenho um segredo que guardo há muitos anos, sem nunca ter contado a você. E eu:

Olha, Alberto, eu também tenho um segredo que nunca contei. Então vamos aproveitar o momento e botar as cartas na mesa. Eu sou bis_s_e_x_ual. Falei, mas me arrependi. Por outro lado achei bom, pois era algo que sempre quis falar e não sabia como. Alberto ficou mudo, me olhando e eu:

Mas não se preocupe, pois não tem nada a ver com você, que é só meu amigo e meu sócio.

Não, pra falar a verdade, eu até não me importo com isso. Sempre desconfiei, mas nunca quis tocar no assunto. E como você se abriu, assim, tão natural, eu fico com vergonha de dizer o que eu queria.

Bom, tente, eu posso ajudar.

Lembra daquela vez quando tínhamos 16 anos e pegamos o carro do seu pai?

Claro, como poderia esquecer? Quase gastamos todo o tanque, mas o pai nunca iria descobrir se um vizinho anônimo não tivesse nos dedurado. E você sabe o que me aconteceu, não sabe?

Sei. Seu pai lhe deu uma surra de cinta na bunda.

Ué, como você sabe dos detalhes se eu nunca contei pra ninguém?

É que eu assisti tudo.

O que? Como? O meu pai mandou você pra casa!

É, mas eu fingi que fui, me escondi e voltei pra assistir de camarote o meu amigo apanhar do papai.

Mas você é um sem vergonha! Por que nunca me disse nada?

Maurício, o meu pai nunca me bateu e eu sempre tive a maior curiosidade de saber como era. Eu me senti muito culpado por ver você debaixo do couro, mas eu não podia pedir para seu pai me bater também. Ele ia pensar que eu era louco ou coisa parecida.

Bom isso quer dizer que você nunca apanhou na vida?

Não, nunca. E confesso que eu sempre quis saber como é. Nesse momento eu desliguei o chuveiro, me sequei, sempre olhando muito sério pro Alberto que voltara a se sentar na tampa da privada. Aí eu disse:

Pois muito bem, moleque, hoje você vai perder a virgindade, quero dizer, sua bunda vai conhecer o couro do meu cinto. Mas antes, tome seu banho calmamente enquanto pensa no que eu vou fazer com você. Já pro banho. E assim foi. Aquele homem parecia um menino que recebera a notícia que iria apanhar em breve. Foi tirando a roupa e entrou para o banho. Dez minutos depois saiu, secou-se e apareceu na sala onde tínhamos duas bicamas. Quando ele entrou, eu já o estava esperando de braços cruzados, comecei a retirar meu cinto da calça que estava sobre a mesa. Era um cinto grosso, largo e preto. Dobrei-o ao meio e mandei que o Alberto se aproximasse, e deitasse de bruços na borda do sofá. Ele, muito timidamente, obedecia. Eu o apressava, dizendo:

Não adianta enrolar, pois você não vai escapar dessa. Isso mesmo, fique na posição para apanhar, moleque. De bruços, bunda pelada, como eu apanhei anos atrás. E a surra vai começar assim: vlap, vlap, vlap, vlap, vlap, vlap, vlap, vlap, vlap, vlap. Dez para aquecer as idéias e ativar a circulação. Alberto tentou escapar, mas eu coloquei o pé nas suas costas e o couro começou a comer de novo: vlap, vlap, vlap, vlap, uma cintada em cada nádega, cadenciadamente, com força. Ele gemia baixinho a cada golpe. Lá pelo trigésimo, começou a chorar mais alto, pedindo para parar, ao que eu respondia:

É muito atrevimento. Eu apanhei por nós dois na época, ----- é a sua vez. Eu fiquei sentando com cuidado por cinco dias e é o mesmo que vai acontecer com você: vlap, vlap, vlap, vlap. Quando chegou em cem, eu parei. A bunda do rapaz estava vermelha como um tomate. Encostei a mão nela e estava muito quente também. Ele ficou deitado de bruços em sua cama e eu na minha, relembrando a sova. No dia seguinte, teríamos muito que conversar


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